Publicado no Jornal OTEMPO, por HELENICE LAGUARDIA
Com obras previstas para começarem abril deste ano, a HE-High Energy, de São Paulo, vai investir R$ 300 milhões para construir a usina num terreno de 12.000 metros quadrados doado pela prefeitura da cidade.
“É uma usina modular (pode aumentar ou diminuir de tamanho). A princípio ela vai processar 200 toneladas de lixo por dia”, explicou o secretário executivo do Consórcio de Desenvolvimento da Região dos Inconfidentes (Coderi), João Humberto Cabral Danese.
A origem do lixo será dos municípios de Ouro Preto, Mariana, Itabirito, Nova Lima e Raposos. Serão utilizados resíduos sólidos, hospitalares e rejeitos de construção civil. A princípio, contou Danese, será uma usina de médio porte e, se os municípios da região metropolitana de Belo Horizonte quiserem, ela pode funcionar 24 horas por dia. Inicialmente, a usina vai trabalhar de oito horas a 16 horas por dia. “Há um projeto de também explorarmos o esgoto, porque o lodo dele também gera energia”, disse.
Na geração de empregos, os catadores vão ganhar com a nova usina. “A máquina é como uma espinha de peixe que vai separando o lixo que chega e os catadores vão dividindo o que é reciclável”, explicou João Humberto.
A usina vai atender, inicialmente, às empresas da região. “Itabirito foi escolhida por estar mais próxima do desenvolvimento de grandes empresas como a Delphi (que fabrica chicotes elétricos) e a Vale. Além disso, outros municípios vão utilizar o aterro da cidade”, justificou João Humberto.
A usina de energia elétrica feita de lixo está em processo de obtenção da documentação necessária e as obras não podem começar antes de ser liberado o licenciamento ambiental, entre outras autorizações.
Município foi assediado por várias empresas
João Humberto explicou que a tecnologia de plasma utilizada na usina de Itabirito consiste em transformar o lixo sólido em líquido, que vira gasoso e passa ao plasma – o quarto estado da matéria – que é a energia a ser utilizada nas empresas. “O lixo vai entrar no reator de plasma a 3.000 ºC”, disse. (HL)
7 comentários
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13 de fevereiro de 2011 às 13:01
Tweets that mention Itabirito-MG fará energia com lixo « Na Raiz -- Topsy.com
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3 de março de 2011 às 13:07
Edi
Também gostei da matéria, mas não encontrei maior conteúdo na internet, principalmente sobre a empresa HE, de são Paulo.
Com todo esse valor envolvido, pensei que se tratassse de alguma multinacional.
Também sobre o processo, em si, não há material disponível. Só achei isso:
http://paginas.fe.up.pt/~jotace/gtresiduos/plasmapirolise.htm
Itabirito, nem site tem. Está em construção.
Agora estou curioso e não tenhoa aquem me dirigir.
Se você for de Itabirito ou encotrar algum contato, favor complementar o post.
Valeu pela postagem.
Até mais
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28 de março de 2011 às 21:22
Vanete
Sou de Itabirito e um site da cidade comentou sobre este assunto. Gostaria de saber para quando é esta construção.
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29 de março de 2011 às 14:52
Valdir Guedes
Olá Vanete, infelizmente, só disponho das informações que encontrei nesta reportagem.
estou ancioso por saber mais deste processo. O Edimisson já cobrou mais informações e fiquei de saber amis alguma coisa. Como voltei para Ouro Preto hoje, verei o que descubr nos próximos dias e te informo.
Um abraço
Valdir
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29 de março de 2011 às 19:18
Jéssica Alessandra Santos Brito
Então, gostaria ajudar com algumas informações…
Ao contrário do que parece, nem tudo são flores nessa história. A queima do lixo produz gases altamente nocivos que serão liberados no meio ambiente. Como ela ocorre a cerca de 800º C, também há microorganismos nocivos que continuam vivos.
A queima do lixo não produz muita energia, e necessita da adição de combustíveis para iniciar. (não tenho os dados exatos, mas produz cerca d 70 vezes menos que a do metano se não me engano)
Fora que no início a empresa “quase paga” para recolher o lixo das cidades, mas quem garante que será assim para sempre? ela pode começar a cobrar altas taxas para prestar esse serviço com o passar do tempo….
uma boa solução seria:
em aterros sanitário há a produção do gás metano (é produzido naturalmente) e geralmente é queimado no mesmo…
pq não utilizar esse gás para produzir energia elétrica?
será mais barato, e sem causar tantos danos a saúde humana…
esse tipo de usina citado na reportagem surgiu na Europa há cerca de 30 anos atrás, mas não é utilizado atualmente devido aos gases produzidos na queima do lixo.
lá ela surgiu também como uma alternativa a falta de espaço para o armazenamento do lixo, mas convenhamos, espaço não é problema no Brasil….
como minha professora disse em uma aula hoje: “o problema do lixo só será realmente resolvido com uma mudança da mentalidade e dos hábitos da população, quando diminuirmos o exagerado consumismo a que estamos acostumados”
Jéssica Brito
Graduanda em Eng. de Produção pela UFOP
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3 de abril de 2011 às 15:59
George
Amigos,
1. Eu que sou conhecedor da Tecnologia de Plasma fiquei muito interessado nesta matéria mas não encontrei nada sobre a empresa HE – High Energy.
2. Quanto as considerações de nossa colega Jéssica Brito, há uma grande diferença na INCINERAÇÃO que hoje chega até 1.200 ºC e já existe há 30 anos, poluindo o meio ambiente com cinzas, gases tóxicos como dioxinas e furanos. A Tecnologia de Plasma existe no Japão desde 2002 e difundiu-se na Índia, USA, Canadá, Inglaterra, China e Austrália. Esta tecnologia é a gaseificação com temperaturas que podem chegar a 30.000ºC , e não há combustão, mas sim, dissociação molecular formando um gas rico em monóxido de carbono e hidrogenio, que será utilizado para gerar energia elétrica. A única empresa que tem esta tecnologia comprovada no mundo é a Westinghouse Plasma Co. , hoje pertencente a Alter NRG do Canadá. Entre no site e terá mais informações (www.alternrg.com)
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20 de julho de 2011 às 23:20
Paulo
Caso haja interesse vejam o video:
http://www.ahkbrasil.com/tv/video/416f9eef-c.aspx
Grato,
Equipe FOCO|Vision
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